Caminhar sobre a água não é um milagre.
O verdadeiro milagre é caminhar na terra verde, vivendo profundamente no momento presente e sentindo-se verdadeiramente vivo.
Sexta-feira, 27 de Novembro de 2009
No proximo domingo, dia 29 de Novembro, vamos encontrar-nos para retomar um velho hábito: o nosso Chá com Reiki
Vai ser no lugar do costume: a Casa de Chá, e eu estarei por lá a partir das 16h.
Não é preciso confirmar, basta aparecer!
Até domingo!
Sexta-feira, 20 de Novembro de 2009
O corpo físico e cada um dos chacras
Nosso corpo físico tem uma ligação subtil com o mundo astral. É através do desequilíbrio desta energia vital que as pessoas adoecem e acabam obstruindo esta ligação com o Divino. Daí, a relação entre as doenças e as crises emocionais. É muito comum ver pessoas que acabam somatizando e transformando energias negativas, depressão, raiva, solidão, em doenças físicas, como cancros e outras mais graves. Nosso corpo físico tem pontos, que quando activados, fazem fluir a energia vital, nos trazendo alegria e, principalmente, saúde. É através dos nadis (meridianos) - caminhos invisíveis dentro do nosso organismo - que a energia vital caminha por todo o nosso corpo e chega aos chacras, em pontos que concentram vibrações mais específicas, conforme veremos à seguir:
Muladhara: 1º Chakra – Chakra da Raiz ou Básico
Sistema Endócrino: Glândulas Supra-renais.
Relação Física: Rins, bexiga e espinal-medula.
Cor: Vermelho.
Função: É conhecido no Oriente como o portal da vida e da morte, do nascimento e do renascimento e é o centro da sobrevivência, da expressão criativa, da capacidade de usufruir da abundância do planeta.
Bloqueios: Sintomas e atitudes mentais de pacifismo extremo, medo existencial, agressão excessiva, medo da morte, impaciência, obesidade e dependência
Mantra: Lam
Elemento: Terra
Svadhisthana: 2º Chakra – Chakra do Sacro ou Sexual
Sistema Endócrino: Gónadas.
Relação Física: Órgãos sexuais, útero, ovários, próstata.
Cor: Cor-de-laranja.
Função: É aqui que se concentram as qualidades que têm a ver com a sexualidade, com a curiosidade, com as emoções, o gosto pela arte, com as relações afectivas.
Bom Funcionamento: Possibilita o amor à vida, fazendo com que esta seja dotada de mais prazer.
Bloqueios: Medo da proximidade física, repugnância pelo corpo, mania da limpeza, incompreensão, mente demasiado concentrada na razão, desordens rítmicas, isolamento, frigidez, impotência.
Mantra: Vam.
Elemento: Água.
Manipura:
3º Chakra – Chakra do Plexo Solar
Sistema Endócrino: Glândulas do baço e Pâncreas.
Relação Física: Baço, fígado, estômago, vesícula biliar (sistema digestivo).
Cor: Amarelo.
Função: É o centro da sabedoria e do poder pessoal (ou da insegurança) e é o ponto onde se efectuam as trocas energéticas com outras pessoas.
Bom Funcionamento: Vivência com plenitude dos atributos físicos e mentais; movimentação na sociedade com desenvoltura e harmonia.
Bloqueios: Sentimentos de inferioridade, diminuição de capacidades mentais como a lógica e a razão, pretensões ao poder e controlo, ansiedade de status, gastos compulsivo.
Mantra: Ram.
Elemento: Fogo.
Anahata:
4º Chakra – Chakra do Coração ou Cardíaco
Sistema Endócrino: Glândula do Timo.
Relação Física: Coração, pulmões, fígado e sistema circulatório.
Cor: Primária o verde e secundária o rosa.
Função: É o ponto do equilíbrio (ou desequilíbrio) energético e emocional pois é o ponto de encontro de todos os outros seis chakras. Representa o amor incondicional, que nos permite amar inteiramente e sem condições.
Bom Funcionamento: Bom relacionamento com tudo e com todos, aceitando tanto os aspectos negativos como os positivos, sendo-se capaz de dar amor sem esperar nada em troca.
Bloqueios: Incapacidade de amar ou amor sufocante/doentio, egoísmo, desenvolvimento de mecanismos violentos de resposta.
Mantra: Yam.
Elemento: Ar.
Vishuda:
5º Chakra – Chakra da Garganta ou Laríngeo
Sistema Endócrino: Glândulas tiróide e paratiróide.
Relação Física: Garganta e pulmões.
Cor: Azul claro.
Função: É o centro da comunicação. Oradores, cantores, políticos, poetas, etc., têm geralmente este centro energético bastante desenvolvido. É o portão para a alta consciência, para a purificação e será pelo trabalho deste Chakra que poderemos iniciar o caminho espiritual, em consequência de nos colocar em comunicação com a nossa essência superior.
Bom Funcionamento: Consciência da responsabilidade do desenvolvimento em todos os sentidos, desde as nossas necessidades materiais até às espirituais.
Bloqueios: Medo da desaprovação social, problemas de comunicação que se pode traduzir em rouquidão, gaguez, voz estridente, postura recolhida ou demasiado erguida, o comummente denominado “nariz empinado”.
Mantra: Ham.
Elemento: Éter
Ajna:
6º Chakra – Chakra do Terceiro Olho ou Frontal
Sistema Endócrino: Glândula pituitária.
Relação Física: Sistema nervoso autónomo/hipotálamo.
Cor: Azul-marinho ou índigo.
Função: É o Chakra do conhecimento psíquico, da intuição e coordena os sentidos, permitindo a actuação destes, em frequências consideradas anormais, ou seja, permite a percepção extra-sensorial.
Bom Funcionamento: Percepção, conhecimento e liderança.
Bloqueios: Falta de objectivos, instabilidade de vida, medo de aparições, espíritos, fantasmas, fanatismos, falta de opinião, falta de iniciativa.
Mantra: Om.
Elemento: Não tem elemento correspondente no mundo físico.
Sahasrara:
7º Chakra – Chakra da Coroa ou Coronal
Sistema Endócrino: Glândula pineal.
Relação Física: Cérebro superior e olho direito.
Cor: Violeta, branca ou dourada.
Função: É o ponto de ligação das pessoas com os Guias Espirituais e é por onde entra a energia proveniente da fonte.
Bom Funcionamento: Dá um sentido próprio à existência do indivíduo, sentido de totalidade, de fé e de paz.
Bloqueios: Puberdade tardia, não compreensão da espiritualidade, tanto própria como alheia, e consequentemente uma visão materialista da existência.
Mantra: Aum.
Elemento: Não tem elemento correspondente no mundo físico
A palavra chacra vem do sânscrito e significa "roda", "disco", "centro" ou "plexo". Nesta forma eles são percebidos por videntes como vórtices (redemoinhos) de energia vital, espirais girando em alta velocidade, vibrando em pontos vitais de nosso corpo. Os chakras são pontos de intersecção entre vários planos e através deles nosso corpo etérico se manifesta mais intensamente no corpo físico.
Os vedas (2.000 a. C.) contêm os mais antigos registos sobre chakras de que se tem notícia. Quando foram escritos, o ioga já sistematizava o conhecimento e o trabalho energético dos chacras.
São sete os principais chacras, dispostos desde a base da coluna vertebral até o alto da cabeça e cada um corresponde à uma das sete principais glândulas do corpo humano. Cada um destes chacras está em estreita correspondência com certas funções físicas, mentais, vitais ou espirituais. Num corpo saudável, todos esses vórtices giram a uma grande velocidade, permitindo que o "prana", flua para cima por intermédio do sistema endócrino. Mas se um desses centros começa a diminuir a velocidade de rotação, o fluxo de energia fica inibido ou bloqueado - e disso resulta o envelhecimento ou a doença.
Os chacras são conectados entre si por uma espécie de tubo etérico (Nadi) principal chamado "Sushumna", ao longo do eixo central do corpo humano, por onde dois outros canais alternados "Ida" que sai da base da espinha dorsal à esquerda de sushumna e "Pingala" à direita.
Os nadis conduzem e regulam o "prana" (energias yin e yang) em espirais concêntricas. Estes nadis são os principais, entre milhares, que percorrem todo o corpo em todas as direcções, linhas meridianos e pontos. Para os hindus os nadis são sagrados, é por meio do "sushumna" que o yogi deixa o seu corpo físico, entra em contacto com os planos superiores e traz para o seu cérebro físico a memória de suas experiências
Terça-feira, 17 de Novembro de 2009
Para pensar um bocadinho:
Como todos os mestres Zen, Osho nega a utilização de qualquer tipo de regra de vida para que o individuo encontre as verdadeiras respostas dentro de si.
A citação é de uma carta em resposta a uma pergunta feita por um discipulo e amigo, em 1970:
Amor,
perguntas-me pelos meus 10 mandamentos.
Isso é muito dificil
porque sou contra todo o tipo de manadamento.
Mas só por brincadeira, eu deixo o que se segue:
1. Não obedeças a nenhuma ordem, excepto àquela que vem de dentro.
2. O unico Deus é a propria vida.
3. A verdade está dentro de ti mesmo, não a busques em nenhum outro lugar.
4. Amor é prece.
5. Vazio é a porta para a verdade, é o meio, o fim e o resultado.
6. A vida é aqui e agora.
7. Vive totalmente acordado.
8. Não nades, flutua.
9. Morre a cada momento, para que te possas renovar a cada momento.
10. Pára de buscar. Aquilo que é, é. Pára e vê.
Segunda-feira, 16 de Novembro de 2009
Desta vez, gostaria de vos falar sobre os Princípios do Reiki. Em tempos, foram o aspecto mais importante da prática do Reiki no Japão e são ainda vistos, hoje em dia, como a peça principal do Reiki na tradição Japonesa. No início da minha prática de Reiki, desvalorizava-os bastante, mas agora, penso neles diariamente. E espero que tu também faças o mesmo.
As palavras de Usui sobre os Princípios
Na entrevista que Usui deu aos seus alunos, juntamente com o material dos seus ensinamentos, ele disse que, primeiro, temos de curar o aspecto mente/espírito antes de o corpo poder ser curado com sucesso. Dizia isso, porque descobriu que os seus clientes regressavam, depois de terem sido curados, com o mesmo problema, ou similar.
Para resolver este problema, surgiram os Princípios do Reiki. Na cultura Japonesa era e ainda é comum ter uma base ética para uma tradição espiritual. Nas artes marciais e outras artes tradicionais do Japão são dados ao aluno tópicos, para que ele possa levar uma vida de felicidade. E era isto que o Sensei Usui pensava do Reiki. Ele chamava-lhe “A arte secreta de convidar a felicidade – o medicamento espiritual para todas as doenças” (do corpo, mente e espírito).
Obstáculos no Caminho
Mas há obstáculos no caminho para a felicidade e que surgem quando tentamos atingir o nosso objectivo. Nas palavras do Sensei Usui, uma pessoa que é transformada pelo Reiki é uma pessoa cuja mente se tornou como “Buddha”. Tu e eu sabemos que ainda estamos longe disso, mesmo apesar de termos experienciado um ou outro vislumbre do divino pela graça de deus. Há sempre trabalho a fazer…
Os Princípios do Reiki ajudam-nos a abrir cada vez mais, em amor e compaixão. Ajudam-nos a largar a prisão da mente pequena – o ego, individualidade ou personalidade: uma grande tarefa!
A orientação de Chiyoko Yamaguchi
A minha professora, Chiyoko Yamaguchi disse-me, uma vez, o que pensava dos Princípios do Reiki: ela disse que devemos incorporá-los na nossa vida, que devemos respirá-los, vivê-los, incorporá-los com todo o nosso coração. Ela disse que os primeiros quatro são para o teu próprio trabalho interior. O último, disse ela, é o mais importante de todos. E brota em nós, quando os quatro primeiros são integrados.
Um dia, em 1999, compreendi que os princípios têm um carácter mântrico, quando são pronunciados em Japonês. O Sensei Usui sugeriu que os disséssemos uma ou duas vezes por dia e que sentíssemos o seu significado no nosso coração enquanto os dizemos. Quando traduzidos, para Inglês ou para qualquer outra língua, perdem o seu poder. Um Mantra é uma palavra ou uma frase imbuída de um princípio espiritual. É uma palavra ou frase que tem uma alma e esta alma toca a alma da pessoa que os recita. Quando a alma é tocada, a cura verdadeira pode acontecer …
Sei que já leste ou praticaste os Princípios do Reiki em Japonês, mas quero convidar-te a fazê-lo todos os dias, para o fazeres agora… enquanto lês estas linhas.
Os Cinco Princípios do Reiki
(em Japonês “Gokai”)
Kyo dake wa
Okaru na
Shinpai suna
Kansha shite
Goo o hage me
Hito ni shinsetsu ni
A tradução destes Cinco Princípios é muito clara e simples. A primeira frase “Kyo dake wa” significa “só por hoje” ou “só hoje”.
O meu professor espiritual Osho costumava dizer “amanhã nunca chega” e é assim que “kyo dake wa” é para ser compreendido. Significa, fica no Agora, fica aqui e larga todos os sonhos do futuro e as memórias do passado. Fica aqui e entras naquilo que o Sensei Usui procurou no Monte Kurama; entras no Anjin Ryumei, um estado interior de contentamento, aconteça o que acontecer fora e dentro de ti … agora … Kyo dake wa.
Okaru Na
O primeiro princípio “Okaru Na” significa não te zangues. Isto não quer dizer que nunca mais te zangues. Às vezes, a zanga é a única reacção apropriada. Pode ser boa para ti e pode realmente ser boa para a pessoa a quem a zanga é direccionada. Às vezes, o outro precisa de ser abanado para sair da sua inconsciência. Às vezes, é bom para ti veres que ainda és tão humano e neurótico como sempre foste; assim, não faças um mau julgamento do teu estado de espírito – mesmo que isso possa doer. A palavra “ikaru” tem um carácter explosivo.
Porém, não permaneças nesse estado de explosividade. Uma outra face da zanga é que ela pode ser tristeza disfarçada. Então, em vez de tentares gerir a zanga, observa a tristeza no teu coração. Toma conhecimento dela, encara-a e sente-a. Chora pelas perdas que tiveste, chora pelos teus seres amados que perdeste sem tentar fazer desaparecer a dor. E verás que a zanga desaparece sozinha …
Shinpai Suna
A preocupação é uma das substâncias mais tóxicas para o corpo, mente e alma, juntamente com o medo e a culpa. Muitas vezes, actuam como irmãos e aparecem juntos, tornando a tua vida difícil. Mas tu não estás à mercê da preocupação. Se tu entenderes que a não preocupação é pessoal, entendes que é uma doença colectiva (Nota da Tradutora: em Inglês, Frank escreve “doença” desta maneira: “dis-ease” – “tornar as coisas mais difíceis”). Se uma preocupação não é “tua”, talvez numa próxima vez que ela venha ter contigo, possas vê-la de fora. Olha para ela como se ela não fizesse parte da ti, pessoalmente, e vais ver, de repente, que tens uma opção: ou energizas a preocupação com a tua participação activa ou não. Se não participares nela, vê-la e deixa-la ir. Ela acabará por ficar sem combustível e depois de continuar durante um momento, chegará a parar completamente. E se não houver uma bomba de gasolina por perto, a preocupação morre de fome – até que a próxima preocupação venha ter contigo. A mesma dinâmica se aplica ao pensamento. Observa-o e ele acabará por ir embora…
Não te preocupares não vai necessariamente afastar os teus desafios, mas serás capaz de lidar com eles, de forma mais eficaz – com menos sofrimento e mais alegria. E talvez a vida possa ser divertida! Ops!!
Kansha Shite
Este é o meu favorito: sê grato. Repara que nos é pedido que sejamos gratos por nada em especial. A nossa gratidão não deve ter nenhum atributo ligado a ela. Simplesmente, sê grato por tudo o que a vida te dá. Convido-te a fazer isto agora. Sente a gratidão. Sê grato … sente-a no teu peito. Deixa-a tombar sobre ti como néctar do paraíso…Sê gratidão e o teu coração vai transbordar de uma doçura que te vai impregnar a ti e tudo o que está à tua volta.
Gyo o Hage Me
Esta frase pode ser traduzida como “trabalha muito” ou “faz os teus deveres”. Para sermos capazes de entender isto correctamente, será de grande ajuda conhecermos o background cultural da sociedade Japonesa. A sociedade Japonesa está estruturada num sistema altamente hierárquico. Na hierarquia, os empregos são distribuídos dependendo do estatuto social do indivíduo. A sociedade assim é tipicamente asiática: é colectiva, mais do que individual. Para que o grupo sobreviva, o indivíduo pode sacrificar-se, sem vacilar. Então, numa sociedade assim, uma pessoa faz o seu trabalho, o seu dever sem se queixar disso. É uma coisa que vem com o papel social e o papel és tu, tu és o dever… Tal como aparece no anúncio da Nike “Just do it”. Provavelmente, sair-nos-íamos muito melhor muitas das vezes se seguíssemos esta regra, aparentemente simples. É só pôr o lixo lá fora…
Hito Ni Shinsetsu Ni
A Senhora Yamaguchi chamava ao último Princípio, o culminar do teu trabalho interior. Uma vez integrados na tua vida os quatro primeiros, nada mais há a fazer senão pôr o que aprendeste em acção. Então, Reiki é compaixão, em acção… Nas palavras do Sensei Usui: “Quando encontrares a felicidade (vivendo os Princípios do Reiki), a tua mente torna-se como Buddha e com este espírito, tocas o espírito do outro, transformando-o.
Texto de Frank Arjava Petter
Tradução: Oficina Natural 2006
Sábado, 14 de Novembro de 2009
CHUJIRO HAYASHI
Até há pouco tempo pensava-se que Chujiro Hayashi tinha sido o único sucessor de Mikao Usui, o que se mostrou ser incorrecto. Chujiro Hayashi era um oficial aposentado da Marinha que recebeu de Usui os ensinamentos do Shinpiden em 1925, quando tinha a idade de 47 anos.
Depois, afastou-se da escola Usui Ryoho Gakkai e criou o seu próprio método, Reiki Hayashi Shiki Ryoho (Método de Cura Natural Reiki de Hayashi).
Entretanto, Hayashi abriu uma clínica em Tóquio onde os terapeutas Reiki trabalhavam em grupo e iam, também, a casa de pessoas incapacitadas. Uma das pessoas que foi à clínica de Hayashi para se curar, em Shina No Machi, foi Hawayo Takata.
Em 10 de Maio de 1941, na presença de alunos, Hayashi fez o seu coração parar por meios metapsíquicos e faleceu com 63 anos.
HAWAYO TAKATA
Hawayo Kawamuru Takata nasceu em 24 de Dezembro de 1900, na ilha de Kauai no Havai.
Tinha problemas graves de saúde incluindo esgotamentos nervosos.
Enviuvou em 1930 e foi-lhe diagnosticada uma doença de fígado que exigia uma cirurgia. No entanto, devido a problemas respiratórios, era contra-indicado o uso de anestésicos. A cirurgia era vital para a sua cura, mas acarretava elevados riscos.
Mais tarde, foi para o Hospital Maeda em Akasaka onde ficou internada durante várias semanas. A cirurgia foi marcada numa altura em que a sua saúde estava bastante deteriorada. Tinham-lhe sido diagnosticados uma apendicite, um tumor e cálculos biliares.
Na noite anterior à cirurgia, Takata ouviu uma voz interior que disse: “A operação não é necessária”. Já na mesa de cirurgia, ouviu novamente a voz e questionou o cirurgião se não haveria outro método de cura. O médico respondeu-lhe que havia, mas que para isso teria que permanecer no Japão muito tempo. Falou-lhe então na clínica de Chujiro Hayashi.
Logo que lhe foi possível, Takata foi para lá e, em quatro meses, estava curada física, mental e espiritualmente.
Takata foi insistindo até que Hayashi cedeu e ela recebeu os ensinamentos do Shoden em 1936, juntando-se aos terapeutas da clínica.
Em 1937, recebeu os ensinamentos do Okuden, regressando ao Havai onde inaugurou a sua primeira clínica.
No início de 1938, Chujiro Hayashi visitou Takata e juntos fizeram uma digressão para ensinar e divulgar o Reiki. Em Fevereiro de 1938, Takata recebeu os ensinamentos Shinpiden, tendo Hayashi apresentado a Senhora Takata como Mestra, Professora de Reiki e sua sucessora.
É através da Senhora Takata que o Reiki começa a ser divulgado pelo Ocidente. Depois do Havai, chegou ao resto dos Estados Unidos, Canadá e Europa.
Takata viveu até aos 80 anos, com uma aparência jovial. Crê-se que formou centenas de pessoas, dentro das quais 22 com o grau de Mestre.
AS RAMIFICAÇÕES DO REIKI
Após a morte da Senhora Takata, muitas alterações se deram no Ocidente.
Phylis Furomoto, neta e sucessora de Takata, é considerada por muitos como a Grande Mestra de Reiki Tradicional Usui. Em 1981, Phylis fundou a associação Reiki Alliance, na qual continua a ensinar Reiki segundo a tradição da sua avó.
A Sra. Takata introduziu alguns aspectos no sistema original para que fosse melhor apreendido pelos Ocidentais, como a teoria dos chacras e as 12 posições. Estes elementos não foram introduzidos levianamente. O seu objectivo é semelhante ao das rodinhas pequenas na roda traseira quando aprendemos a andar de bicicleta. Dão-nos apoio até dominarmos a prática.
Em 1982, Barbara Weber Ray, aluna da Sra. Takata, criou o sistema Radiance Technique e fundou a American International Reiki Association.
Iris Ishikuro, uma das alunas da Sra. Takata, não concordava com os preços praticados pela sua mestra e começou a ensinar Reiki a preços muito mais acessíveis e introduzindo práticas tibetanas, o que trouxe um grande impacto na ramificação do Reiki.
Um outro norte-americano chamado Arthur Robertson adicionou ao Reiki mudras e símbolos tibetanos, criando o sistema Raku Kai Reiki.
Deste nasceram outros sistemas como o Reiki Usui Tibetano, Shamballa Reiki, Reiki Tibetano, Vajra Reiki, etc.
Em 1995, começou a ser divulgado o Reiki Essencial, com a publicação de um livro de Diane Stein em que aparecem os símbolos do Reiki que até então eram considerados secretos, bem como alguns dos elementos tibetanos introduzidos por Iris Ishikuro e Arthur Robertson.
É através deste livro que se dá em Portugal a grande propagação do Reiki Essencial, que tem por base o Reiki Usui Tibetano.
Estas variações tornaram o Reiki acessível a um número crescente de pessoas, tanto pela divulgação como pelos preços praticados.
A alteração mais significativa que ocorreu com as ramificações do Reiki é o número de sintonizações praticadas em cada sistema.
Consequencias da Ramificação
Outra das grandes alterações que ocorreu com a ramificação do Reiki foi o numero de sintonizações. Mikao Usui fazia uma sintonização designada Reiju e dava-a aos seus alunos sempre que aconteciam encontros; depois de receberem o Shoden (que significa "primeiros ensinamentos") quando os alunos dominavam as técnicas de Byosen e Reiji-Ho e estavam prontos a receber o Okuden (que significa "segundos ensinamentos", iam recebendo mais Reijus; aqueles que demonstrassem desenvolvimento interior, equilibrio e genuinidade recebiam o Shinpiden (que significa "ensinamentos secretos ou misteriosos") e mais Reijus.
Estas reuniões realizavam-se todas as semanas, o que significa que um praticante de Reiki assíduo aos encontros da Gakkai recebia dezenas de sintonizações por ano.
Quando o Reiki se disseminou no Ocidente, o ritual e a pratica do Reiju perderam-se, e hoje, o numero de sintonizações varia de Mestre para Mestre: há Mestres que dão 4, 2 ou 1 iniciação no 1º Nível; 3 ou 1 no 2º e 1 ou 2 no 3º Nível (consoante ensinem só o Nível III ou o Nível III-A e III-B)
Estas ramificações vieram tambem proporcionar que o Reiki se tornasse mais acessivel a um numero cada vez maior de pessoas, particularmente devido ao facto de alguns mestres independentes praticarem preços mais acessiveis á maioria das pessoas.
Sexta-feira, 13 de Novembro de 2009
Mikao Usui era um monge budista. Nasceu no Japão numa vila chamada Taniai em 15 de Agosto de 1865.
Segundo Frank Arjava Petter, Usui estudou Kiko (versão japonesa do Chi Kung) quando era jovem num tempo de Budismo Tendai no Monte Kurama.
. Nas práticas de Kiko, usa-se a própria energia vital para a cura de outras pessoas, ficando o doador dessa energia desvitalizado; algo que não terá agradado a Usui e que lhe terá feito nascer a semente daquilo que hoje conhecemos como Reiki.
Usui viajou pelo Japão, China e Europa em busca de conhecimento nas áreas da medicina, psicologia, religião e desenvolvimento espiritual.
A dada altura, pelas suas capacidades psíquicas, foi aceite num grupo designado Rei Jyutu Ka, onde fortaleceu a sua formação espiritual que viria a ser a base do Reiki.
Os seus conhecimentos e clareza mental ajudaram-no a conseguir um emprego como secretário de Shinpei Goto que dirigia o Departamento de Saúde e Segurança Social e que foi Presidente da Câmara de Kyoto.
Ao longo desta carreira, Mikao Usui conheceu pessoas influentes em todo o Japão que o vieram a apoiar quando iniciou um negócio por conta própria.
Em 1914, o negócio começou a correr mal e Usui decidiu tornar-se monge budista. Voltou, mais tarde, ao Monte Kurama, onde estudara Kiko.
Usui iniciou aí um retiro de 21 dias onde jejuou, cantou, orou e meditou. Uma dessas meditações, poderá ter sido ficar debaixo de uma cascata do Monte Kurama com a água a cair sobre a cabeça para abrir e purificar o chacra da coroa, uma prática ainda hoje utilizada pelos monges deste templo.
Em Março de 1922, no final do retiro, Mikao Usui teve a sua experiência de Satori (Iluminação) onde ficou a saber como utilizar energia para a cura sem ficar desvitalizado.
Usui aplicou então a energia em si próprio e depois na sua família e abriu em Abril de 1922 a escola que ainda hoje existe em Tóquio: Usui Reiki Ryoho Gakkai.
Simultaneamente, Usui começou a ensinar Reiki. Em 1925, com 60 anos, Usui abriu uma clínica maior e começou a viajar por todo o Japão para divulgar os ensinamentos do Reiki. Pensa-se que ensinou mais de duas mil pessoas e formou dezasseis mestres. O seu objectivo era levar o Reiki ao maior número de pessoas e, seguidamente, difundi-lo a todo o planeta.
Mikao Usui morreu a 9 de Março de 1926, vítima de um ataque de coração fulminante, durante uma das suas viagens.
Do livro: Reiki, As Raízes Japonesas (Sandra Ramos e Jorge A. Ramos):
No final dos anos 30, o Reiki foi trazido para o Ocidente pela Senhora Takata e foram feitas algumas adaptações na história para que o Reiki fosse aceite e difundido no Ocidente, nomeadamente:
a) Usui era Professor Universitário de Teologia
William Rand, um dos primeiros mestres a investigar no Japão as origens do Reiki, não encontrou qualquer registo na Universidade Doshisha de que Usui tivesse sido director, professor ou aluno, nem da sua presença na Universidade de Chicago, nem de ter recebido qualquer diploma das mesmas.
O título de Doutor não se devia a qualquer grau universitário, mas sim ao enorme carinho e respeito que os seus alunos de Reiki nutriam por ele.
b) Usui era um padre cristão
Actualmente sabe-se que Mikao Usui teve diversas profissões e que a sua ligação à religião era através do Xintoísmo e do Budismo.
Frank Arjava Petter, um outro mestre investigador, descobriu que a menção do Cristianismo na história do Reiki foi uma adaptação feita pela Senhora Takata para que os americanos aceitassem o Reiki.
Na altura em que a Senhora Takata trouxe o Reiki para o Ocidente, os Estados Unidos da América estavam prestes a entrar na Segunda Guerra Mundial. Neste contexto político e social, seria impossível introduzir um sistema de cura de origem japonesa sem fazer algumas alterações.
Mikao Usui era budista e foi sepultado no templo Saihoji em Tóquio, um templo de pura terra Budista e não Cristã.
c) Os Símbolos e o retiro de 21 dias
Contam-se histórias curiosas sobre a forma como Usui intui os símbolos durante o retiro de 21 dias.
Hoje sabe-se que os símbolos foram dos últimos elementos a serem introduzidos no sistema, perante a dificuldade dos seus alunos em interiorizar os ensinamentos do Reiki.
d) O Reiki é oriundo do Tibete
O Reiki trabalha com uma energia cósmica universal.
Muitas culturas têm trabalhado com energias cósmicas, mas isso não significa que qualquer trabalho com energias cósmicas universais seja Reiki. Há realmente no Reiki alguns símbolos e práticas tibetanas que foram introduzidas após a criação do sistema pelo Dr. Usui.
Sem dúvida que as atractivas práticas milenares do povo Tibetano e a sua situação actual cria uma onda de simpatia e solidariedade que faz com que muitas pessoas creiam que o Reiki teve origem no Tibete.
Pessoalmente, penso que o cruzamento do Reiki de origem japonesa com as práticas tibetanas prova que é possível o convívio entre sistemas diferentes, sendo que ambos beneficiam com isso. Se houvesse esta abertura em relação a tudo, o Mundo seria, com certeza, um lugar melhor.
Independentemente das adaptações que se tiveram que fazer à história do Reiki, o importante é que, hoje em dia, milhões de pessoas praticam Reiki e que os seus efeitos são indesmentíveis.
No contexto actual, a Ciência está mais evoluída que nunca, mas continua a não ter resposta para muitos problemas. O Reiki como terapia complementar pode ser um aliado importante, inofensivo e simples que está ao alcance de todos.
Quinta-feira, 12 de Novembro de 2009
"Reiki" é uma palavra japonesa que significa " Energia Universal de Vida", "Do" tambem é uma palavra japonesa que significa "caminho"
Em japonês, "Do" agrega-se a certas palavras para indicar que a actividade a que elas se referem tambem pode ser, ao mesmo tempo, um modo de vida, ajudando o estudante a desenvolver a sua personalidade, e a sintonizar a sua vida com os ritmos do universo.
Viver com o Reiki, tornou-se essa especie de caminho para mim. Desde a minha iniciação em Reiki, ele tornou-se tão real, tão parte do meu dia a dia, que já não consigo imaginar a minha vida sem ele. Hoje o Reiki está tão dentro de mim, como eu dentro dele...
Então o que é o Reiki?
Reiki é uma técnica de cura espiritual e cura energética.
A cura espiritual proporciona o relembrar da consciência universal, enquanto a cura energética remove os sintomas da mente que causam desordens a nível físico.
Quando as doenças físicas se manifestam elas são acompanhadas de importantes mensagens para o desenvolvimento ou despertar espiritual da pessoa que as contrai. A cura energética, por si só pode resolver desordens mentais que causam problemas a nível físico, contudo, a verdadeira cura não acontecerá a menos que se entenda a mensagem espiritual ligada à desordem mental.
O Reiki traz harmonia ao lado energético, curando verdadeiramente a mente e o corpo, e proporcionando também mudanças ao nível da consciência.
(Mikao Usui)